La Niña promete menos chuvas no RS em novembro e dezembro

Os gaúchos devem se preparar para um fim de ano com chuvas abaixo da média. De acordo com boletins meteorológicos e relatórios climáticos, o fenômeno La Niña deve se consolidar entre novembro e dezembro de 2025, provocando redução nas precipitações e maior irregularidade no regime de chuvas em várias regiões do Rio Grande do Sul.

Segundo a StoneX, há uma tendência de formação de La Niña fraca e de curta duração, com efeitos mais perceptíveis na primavera e no início do verão. O Copaaergs (Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do RS) aponta 65% de probabilidade de transição para a fase fria do oceano Pacífico, responsável por alterar os padrões de circulação atmosférica e influenciar o clima no sul do Brasil.

Em anos de La Niña, o Rio Grande do Sul costuma registrar períodos de estiagem, especialmente no oeste e no sul do estado. Essa configuração preocupa o setor agrícola, já que novembro e dezembro são meses decisivos para o desenvolvimento de lavouras de milho e soja, principais culturas de verão.

“Os modelos indicam precipitações próximas ou abaixo da média histórica, com chuvas mal distribuídas. Isso exige planejamento dos produtores para evitar perdas no início do ciclo das culturas”, explicou um técnico do Copaaergs.

Apesar da previsão de redução de chuvas, meteorologistas destacam que o fenômeno deve ser menos intenso do que em anos anteriores. A expectativa é que a La Niña se mantenha até o início de 2026, enfraquecendo gradualmente ao longo do verão.

Prevenção e monitoramento

Especialistas recomendam atenção redobrada ao armazenamento de água, irrigação e manejo de solo, além de acompanhamento das atualizações climáticas semanais.

A tendência é de tempo mais seco, especialmente em dezembro, com possibilidade de elevação das temperaturas e aumento do risco de incêndios em vegetação.