Cientistas alertam: os jovens estão cada vez mais infelizes

Pesquisas recentes em várias partes do mundo vêm apontando uma tendência preocupante: os jovens estão se sentindo cada vez mais infelizes, ansiosos e desmotivados. Especialistas da área da psicologia e da neurociência associam essa onda de insatisfação a uma combinação de fatores sociais, tecnológicos e emocionais.

O peso das redes sociais

Entre os principais vilões apontados pelos cientistas estão as redes sociais. O uso excessivo de plataformas como Instagram, TikTok e X (antigo Twitter) tem provocado uma comparação constante entre vidas idealizadas e a realidade.

“Os jovens estão expostos a uma pressão invisível para parecerem felizes e bem-sucedidos o tempo todo”, explica a psicóloga comportamental Dra. Mariana Furtado. “Isso gera frustração e uma sensação de inadequação constante.”

Falta de conexão real

Apesar de estarem mais conectados digitalmente do que nunca, muitos jovens relatam sentir-se sozinhos. O contato face a face, essencial para o bem-estar emocional, foi substituído por interações virtuais rápidas e superficiais.

“Estamos vendo uma geração que conversa muito, mas se entende pouco”, destaca o neurocientista Carlos Leite.

Pressão e futuro incerto

Além da vida online, a insegurança quanto ao futuro também pesa. Dificuldades financeiras, crises ambientais e o mercado de trabalho cada vez mais competitivo aumentam a sensação de impotência.

Uma pesquisa publicada na revista Nature Human Behaviour em 2025 revelou que 62% dos jovens entre 16 e 25 anos afirmam estar preocupados com o futuro da humanidade, e 40% relatam sintomas frequentes de ansiedade.

O que pode ser feito

Os especialistas reforçam a importância de hábitos saudáveis, tempo longe das telas, prática de atividades físicas e o fortalecimento dos vínculos afetivos.

“Pequenas mudanças no cotidiano, como dormir melhor, conversar com amigos e buscar ajuda profissional quando necessário, podem fazer uma grande diferença”, recomenda a psicóloga.

Um alerta para a sociedade

Mais do que um problema individual, a infelicidade dos jovens é um reflexo de transformações profundas na forma como vivemos e nos relacionamos. Entender as causas e promover ambientes mais saudáveis, tanto online quanto fora da internet, é um desafio coletivo.